Noticiário Astral

Acontece que de vez em quando, outras vezes de quando em vez, dirigindo
a atenção para a Astrologia, alguém se lembra de voltar a insistir achando que vamos lá a dar mais umas cacetadas nessa "pseudociência", para ver se os astrólogos ganham algum juízo. O desinteressante é que quem toma esta iniciativa não tem ideia alguma sobre o tema a que se propôs tratar. Então com uma "sólida" convicção diz
ou escreve "umas coisas", baseando-se no que poderá ter captado por aí. É o moderno e cada vez mais comum erro do copy and paste, sem se ter a mínima ideia do
que se possa estar a copiar. Mas vamos
ao que interessa. Quando se trata de dissertar sobre o Zodíaco o habitual é fazerem-se referências às constelações, seguido também do já habitual aviso de que devido ao “movimento de precessão dos equinócios”, as pessoas que terão nascido sob a égide do signo do Carneiro, presentemente e em “abono da verdade” pertencem ao signo de Peixes. Certo? Não, porque esta afirmação está completamente errada. Em primeiro lugar existem dois sistemas zodiacais, em que um é sideral
e o outro é tropical. E se por um lado o zodíaco sideral é mais comummente usado pelos astrólogos hindus, no ocidente
é mais comum usar-se o zodíaco
tropical. Mas qual é a diferença?
É simples. O zodíaco sideral
baseia-se nas constelações,
e o zodíaco tropical baseia-se
no movimento aparente do
Sol em volta da Terra. Como
observadores posicionados na
Terra, os humanos vêm o Sol
girarem torno de si mesmos.
E dessa observação geocêntrica surge uma geometria espacial, gerando uma referência a que chamamos máxima latitude norte e sul dos trópicos, que corresponde à máxima Declinação do Movimento Aparente do Sol em torno da Terra. E o “caminho” aparente do Sol em volta da Terra descreve nos céus uma linha imaginária a que chamamos Eclíptica, porque é nesta linha que se manifesta um fenómeno a que chamamos Eclipses. O espantoso é que estes básicos conhecimentos fazem parte do ensino escolar obrigatório. Mas parece que quando chega o momento de se trazer à prática o que se aprendeu no ensino obrigatório, o “processador mental humano” entra em curto-circuito, e os neurónios atrapalham-se uns aos outros. Continuando, o zodíaco tropical geocêntrico surge, porque é nessa linha chamada Eclíptica que se faz a divisão em 12 partes, e cada uma dessas partes recebe o nome de um signo, que é igual ao das constelações. E é aqui que reside a confusão. Constelações e signos tropicais recebem o mesmo nome devido à estreita relação do simbolismo mitológico, e estavam mais ou menos alinhados há cerca de 2500 anos. Mas presentemente e em termos astronómicos têm um desfasamento